tag:blogger.com,1999:blog-28687934777936900372024-03-19T03:10:41.241-07:00Poesias de Claudia DimerPoesias de Claudia Dimerhttp://www.blogger.com/profile/15628785981675236332noreply@blogger.comBlogger129125tag:blogger.com,1999:blog-2868793477793690037.post-6979543252274347852014-06-21T12:30:00.002-07:002014-06-21T12:30:51.920-07:00<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">Fortes laços</span><br style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><br style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">Tristeza, não me deixes! Que eu consiga</span><br style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">juntar os passos teus rente aos meus passos...</span><br style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">Lembrar contigo uma alegria antiga,</span><br style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">paixões frementes, tórridos abraços...</span><br style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><br style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">Eu sou a irmã das dores, dos cansaços,</span><br style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">órfão que o mundo vê mas, não abriga...</span><br style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">De tanto andarmos juntas, fortes laços</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;"><br />criamos... Ó tristeza, grande amiga!<br /><br />Existe um coração igual montanha<br />erguendo o Sol ao dorso em luz tamanha<br />mas, a montanha é pedra bem no fundo...<br /><br />Rosa estranha de eternos roseirais -<br />tristeza! És tão sincera, vales mais<br />que todo o riso falso deste mundo!</span>Poesias de Claudia Dimerhttp://www.blogger.com/profile/15628785981675236332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2868793477793690037.post-76480643278154653782014-06-20T15:57:00.000-07:002014-06-20T15:57:15.624-07:00Boa noite...<br />
<br />
Razão<br />
<br />
Formou-se o Universo - o largo Estudo<br />
humano explica que um motivo existe...<br />
O céu, a Terra, a Lua, o Sol e tudo<br />
tem um "porquê" na criação. Ouviste?<br />
<br />
Surgiu a vida - um bem no qual me iludo...<br />
Surgiu a morte para eu ser mais triste!<br />
E fez-se o Mar e o vento em som agudo...<br />
Onde há explicação que me conquiste?<br />
<br />
Formou-se a chuva para a plantação,<br />
e o amor para quê? Para a ilusão<br />
que torna o meu viver fatal tolice!...<br />
<br />
"Para tudo há razão". Quem foi que disse?<br />
Meu existir teria uma razão<br />
se dentro do teu sonho eu existisse!<br />
<br />
Claudia DimerPoesias de Claudia Dimerhttp://www.blogger.com/profile/15628785981675236332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2868793477793690037.post-73280638138331143062014-05-31T11:49:00.001-07:002014-05-31T11:49:58.548-07:00Ouvi algumas pessoas dizerem que não gostam de ler poesia Clássica ou Sonetos de Poetas do passado, por que este estilo de Poesia tem muitas palavras e interpretações difíceis.<br />
Devo concordar com isso pois eu mesma já li e reli varias vezes os Sonetos de Camões pra poder entender o que o Poeta estava querendo dizer.Eu não sou uma grande Poeta mas morro de medo que os leitores não consigam interpretar meus pensamentos e idéias em um Soneto...rsrsrsr<br />
<br />
Vou traduzir um verso de um Soneto meu, antes de postá-lo, uma pequena ajudinha para o leitor entender as minhas idéias Poéticas;<br />
<br />
O verso é o seguinte:<br />
<br />
"Dorso do Mar que o Altivo céu sublinha"<br />
<br />
Interpretando:<br />
<br />
Dorso: Costas ou parte superior de alguma coisa<br />
Sublinhar: Passar um traço, uma linha por baixo<br />
<br />
Então as costas do mar (dorso) Aquela linha que separa o mar do céu é o dorso do mar e o dorso do mar é um traço, uma linha que sublinha o céu.Então as costas do mar é uma linha, um traço que Sublinha, que faz um risco debaixo do céu.<br />
<br />
<br />
Adejam, níveos, neste teu olhar<br />
<br />
Adejam, níveos, neste teu olhar<br />
Traços da Auréola que ao Luar se alinha...<br />
Ah! Eu nasci com gestos de Rainha<br />
Pra teu olhar, sofrente Mendigar!<br />
<br />
Teus olhos fitos; lago a se esplainar,<br />
Dorso do Mar que o altivo céu sublinha...<br />
Eu vejo a minha dor, eu vejo a minha<br />
Mísera vida alheia ao teu visar!<br />
<br />
É teu olhar o alvorecer do dia,<br />
Raios de Sol que a primavera envia<br />
Sobra a alvura de Lírios e Magnólias...<br />
<br />
Fecha os olhos, amor, por um segundo,<br />
Verás a escuridão que há no meu mundo<br />
Se busco o teu olhar e não me olhas<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Poesias de Claudia Dimerhttp://www.blogger.com/profile/15628785981675236332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2868793477793690037.post-5191601122388329532014-05-06T11:24:00.000-07:002014-05-06T11:24:38.815-07:00A menina e a porta<br />
<br />
Cortava a lenha o pai... Recordação<br />
Do antigo lar. Sorria, era pequena.<br />
A sua mãe à beira do fogão<br />
Cantarolava uma cantiga amena.<br />
<br />
Crescia. A juventude uma ilusão...<br />
O mundo, imenso mar de emoção plena!<br />
Da casa a porta abria e via então<br />
Um rumo, algum sonhar que ao longe acena.<br />
<br />
Na casa humilde o amor sempre a envolvia,<br />
A porta era tão velha mas, se abria<br />
E abrindo, foi em frente... o olhar em riste...<br />
<br />
Seu rumo hoje é seu lar na nova vida,<br />
Se chora, vê que a porta de saída<br />
Ou sempre está trancada ou não existe.<br />
<br />
<br />Poesias de Claudia Dimerhttp://www.blogger.com/profile/15628785981675236332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2868793477793690037.post-1527505328199406722013-12-23T10:40:00.000-08:002013-12-23T10:40:43.677-08:00Por quê?<br />
<br />
A Rosa não indaga: Por que findo?<br />
Não pensa o animal: Por que é que morro?<br />
A rocha à beira mar não diz: Socorro!<br />
Quando lhe açoita a onda em ritmo infindo.<br />
<br />
Não chora a tarde quando está sumindo!<br />
Não se pergunta o tempo: Por que corro?<br />
Nem diz, a fonte muda: Por que jorro<br />
Sempre incansavelmente e ressurgindo?<br />
<br />
Por que surgi no mundo? Um ser pensante,<br />
A indagar a vida todo instante,<br />
Querendo enxergar mais do que se vê!...<br />
<br />
Minha sabedoria é meu pavor!<br />
Por que sou uma alma sem amor?<br />
Por quê? Por quê? Por quê? Por quê? Por quê?!...<br />
<br />
Claudia Dimer<br />
<br />Poesias de Claudia Dimerhttp://www.blogger.com/profile/15628785981675236332noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2868793477793690037.post-23907944485624845452013-12-06T20:25:00.001-08:002013-12-13T15:33:46.989-08:00Adoração<br />
<br />
Ouço teu nome, surda ao som dos ares,<br />
Meu lábio é emudecido de falar-te,<br />
Não mais te enxergo, louca, em toda a parte,<br />
Pois te escondeste em mim, em meus sonhares!<br />
<br />
Meu ser anda encontrando teus lugares<br />
Perdidos...dou a vida ao adorar-te!<br />
Livro mais lido não possui a Arte<br />
Perfeita mais que a letra em teus olhares!<br />
<br />
Toda a existência morro, tudo morre,<br />
Quando medito nisso o amor percorre<br />
A veia do infinito e em tons ateus<br />
<br />
Te elevo um canto e digo resignada:<br />
Ah! Posso pelos céus ser condenada<br />
Por amar-te bem mais que ao próprio Deus!<br />
<br />
Claudia Dimer<br />
<br />
<br />Poesias de Claudia Dimerhttp://www.blogger.com/profile/15628785981675236332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2868793477793690037.post-20884404556193753712013-12-02T12:35:00.000-08:002013-12-02T12:35:30.383-08:00Natal de SonhoNatal de Sonho<br />
<br />
Lembro o Natal nos tempos de menina<br />
Pleno de sonho, riso e paz completa.<br />
Um Presépio na igreja e numa esquina<br />
Alguém doando a bala predileta.<br />
<br />
Família reunida, a fé divina,<br />
A mesa humilde, mas, de amor repleta.<br />
A espera de um brinquedo que fascina<br />
(A tão sonhada e amada bicicleta)<br />
<br />
Hoje meu ser, ou pensa, ou mesmo vê<br />
Que uma esperança já me disse Adeus<br />
E que o Natal, de sonho está ausente;<br />
<br />
Tão sem sonhar, que até parece que<br />
Papai Noel tomou os sonhos meus<br />
E foi distribuindo de presente...<br />
<br />Poesias de Claudia Dimerhttp://www.blogger.com/profile/15628785981675236332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2868793477793690037.post-65999501539151320122013-12-02T12:26:00.000-08:002013-12-02T12:26:04.131-08:00Pedido de Natal<br />
<br />
Papai Noel, bem sabes, não te creio,<br />
Mas és a historia linda que foi dita<br />
E atendes o pedido em sonho enleio<br />
Da gente que é feliz ou de alma aflita;<br />
<br />
Eu não te enviarei pelo correio<br />
A carta que te escrevo e em bela fita<br />
Vermelha, não virá o bem que anseio,<br />
Mas acho que a esperança é tão bonita!<br />
<br />
O dia do Natal não mais me encanta,<br />
Quando criança tudo te pedia,<br />
Eu tinha sonhos e alegria tanta!...<br />
<br />
Papai Noel, de sonhos ando ausente!<br />
Atende o meu pedido em Poesia:<br />
Dá-me os Natais da infância de presente!<br />
<br />Poesias de Claudia Dimerhttp://www.blogger.com/profile/15628785981675236332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2868793477793690037.post-56034567490400111162013-09-01T13:15:00.000-07:002013-09-01T13:15:01.298-07:00Felicidade<br />
<br />
Eu quis saber o que é felicidade<br />
E a todos indaguei: Acaso existe?<br />
Me disse o esperançoso: É a eternidade!<br />
É Deus!- me respondeu o Monge triste!<br />
<br />
É a morte! (a me indicar co'o dedo em riste<br />
o túmulo) falou na insanidade<br />
Um louco. Minha doce mãe insiste:<br />
É o trabalho, a esperança, a lealdade...<br />
<br />
Com meu olhar descrente e inseguro<br />
Nenhuma das respostas aceitei.<br />
Talvez resposta eu tenha no futuro...<br />
<br />
Felicidade? Há quantas? Eu não sei!<br />
Ou não encontro aquela que procuro,<br />
Ou não procuro aquela que encontrei!<br />
<br />
Claudia Dimer<br />
<br />
<br />Poesias de Claudia Dimerhttp://www.blogger.com/profile/15628785981675236332noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2868793477793690037.post-33940191753621853052013-08-22T10:59:00.000-07:002013-08-22T10:59:51.203-07:00Altar sombrio<br />
<br />
No mundo, onde alegria é cultuada,<br />
E ser contente é quase obrigatório,<br />
Onde o infeliz jamais será notório,<br />
Eu louvo a minha dor amargurada!<br />
<br />
Minha tristeza é mais glorificada!<br />
O meu prantear, bem mais satisfatório!<br />
Fiz um Altar sombrio - um oratório<br />
Onde eu invoco a minha dor amada!<br />
<br />
E assim, escrevo versos de ansiedade,<br />
De magoas, de agonias, de saudade,<br />
Versos de quem à paz não deu valor...<br />
<br />
Um dia algo feliz bateu-me à porta;<br />
Eu não abri... e na alegria morta<br />
Deixou seu nome escrito: Eu sou o amor!...<br />
<br />
Claudia Dimer<br />
<br />
<br />Poesias de Claudia Dimerhttp://www.blogger.com/profile/15628785981675236332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2868793477793690037.post-39046244418108773012013-06-10T13:09:00.000-07:002013-06-11T07:49:17.804-07:00Rasto divinal (este é um poema e não Soneto)<br />
<br />
<br />
Vem, meu amor... o orvalho desce ao solo,<br />
É noite, a luz se perde no horizonte...<br />
Reclina a tua fronte no meu colo<br />
Como o Sol se reclina sobre o monte!<br />
<br />
Vem ver o céu, amor, ver as estrelas<br />
Que Deus criou suspensas no infinito,<br />
Só por que tens uns olhos para vê-las,<br />
Só por que és meu sonho o mais bendito!<br />
<br />
Contempla a Lua, a Lua está brilhante,<br />
Nos braços da amplidão está! Que alvura!<br />
Parece uma criança confiante<br />
Que nos braços da mãe está segura!<br />
<br />
Vem ver o mundo inteiro a admirar<br />
Um rasto divinal luminescente<br />
De um anjo pela terra a anunciar<br />
Que esse amor viverá eternamente!<br />
<br />
<br />
Claudia Dimer<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Poesias de Claudia Dimerhttp://www.blogger.com/profile/15628785981675236332noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2868793477793690037.post-67748186825090551592013-05-27T22:59:00.000-07:002013-07-31T10:59:06.119-07:00Ao menos minha dor<br />
Eu procurei, por toda a vida, atenta,<br />
Como, um filho perdido, a mãe procura,<br />
Uma gota de paz na alma sedenta,<br />
Felicidade achar, na desventura.<br />
<br />
Como a mais linda e cara vestimenta<br />
De fino pano, de melhor textura,<br />
Não me serviu o bem, e na tormenta<br />
Eu desisti de uma alegria pura<br />
<br />
As vezes, possuir felicidade,<br />
Atrai inveja, a roubam por maldade,<br />
E disputá-la assim, sequer convinha...<br />
<br />
<br />
Possuo a dor! Ninguém a quer por nada!<br />
Comigo está segura e bem guardada...<br />
Ao menos minha dor é sempre minha!<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Poesias de Claudia Dimerhttp://www.blogger.com/profile/15628785981675236332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2868793477793690037.post-2365491356982432422013-05-18T12:01:00.000-07:002013-05-18T12:07:01.865-07:00A Árvore do Sonho<br />
<br />
Morava um homem num lugar deserto,<br />
Onde, era o sol à tarde, abrasador.<br />
Uma árvore plantou. Pensou: É certo<br />
Que ela trará o alivio do calor.<br />
<br />
Ele a cuidou, podou, ela cresceu,<br />
Mas, sua sombra imensa, opostamente,<br />
Na direção da rua se estendeu<br />
E não na sua casa em tarde quente.<br />
<br />
E ela abrigou passantes, viajores...<br />
Nesta história reflito: meus labores<br />
Se transformando em perdas, não em ganhos...<br />
<br />
Ó árvore do sonho e do trabalho!<br />
No meu esforço descuidado e falho,<br />
Foi tua sombra proteger estranhos!<br />
<br />
Claudia Dimer<br />
<br />
<br />
<br />Poesias de Claudia Dimerhttp://www.blogger.com/profile/15628785981675236332noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2868793477793690037.post-61465730009762507512013-05-18T09:51:00.000-07:002013-05-18T09:51:11.779-07:00Teu caminho<br />
<br />
Teu caminho é prisão - a mais segura.<br />
Dele não saberás jamais fugir!<br />
É minha ausência - invólucro da agrura,<br />
Um bruto carcereiro a te afligir.<br />
<br />
Teu caminho é prisão onde a tortura<br />
Anda a sangrar a face do existir.<br />
Tudo tornou-se em ti qual noite escura<br />
Quando o teu lábio o Adeus quis proferir.<br />
<br />
Há pedras de tristeza nas estradas,<br />
Há flores, pela angustia pisoteadas...<br />
Não tenho vida e a lamentar te digo:<br />
<br />
Inclina o rosto, amor, por onde vais:<br />
Junto aos teus pés verás um rastro a mais....<br />
É minha vida que se foi contigo!...<br />
<br />
<br />
Claudia Dimer<br />
<br />
<br />Poesias de Claudia Dimerhttp://www.blogger.com/profile/15628785981675236332noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2868793477793690037.post-90643488753803078222013-04-25T12:29:00.000-07:002013-04-25T12:29:34.118-07:00Soneto sem fim<br />
<br />
A minha dor não tem um fim, não tem!<br />
Eternamente fez em mim morada.<br />
E chora essa minha alma entre o desdém<br />
Um choro de criança abandonada.<br />
<br />
Não a conheço ou sei de onde é que vem,<br />
Procuro a causa e não encontro nada.<br />
Talvez ela me venha de ninguém,<br />
De ser ninguém, ou de não ser amada.<br />
<br />
Se um instante, de mim se compadece,<br />
Fica invisível como o Arlequim<br />
Mas, para me zombar reaparece!<br />
<br />
Eu trago tanta dor dentro de mim<br />
Que a expressaria apenas se eu fizesse<br />
Um Soneto que não tivesse fim!...<br />
<br />
Claudia DimerPoesias de Claudia Dimerhttp://www.blogger.com/profile/15628785981675236332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2868793477793690037.post-42268634469008913142013-03-29T19:05:00.000-07:002013-03-29T19:05:55.363-07:00Páscoa<br />
<br />
Lembro a Páscoa nos dias de criança;<br />
Cheia de amor carinho e inocência,<br />
Sinônimo de toda a esperança,<br />
Ressurreição, renovo e consciência.<br />
<br />
Na véspera, à noite, em sonolência<br />
Ia dormir na espera e numa ânsia<br />
Que o dia amanhecesse. Que lembrança!<br />
Que imagem agradável da existência!<br />
<br />
Tão humilde o meu Pai mas a sorrir<br />
Comprava o chocolate que podia.<br />
Dizia: É o coelhinho!... a se fingir...<br />
<br />
Que mentirinha doce! Que alegria!<br />
Papai não era o único a mentir...<br />
Também de acreditar eu me fingia!<br />
<br />Poesias de Claudia Dimerhttp://www.blogger.com/profile/15628785981675236332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2868793477793690037.post-52321559543759634352013-03-25T19:47:00.002-07:002013-04-23T12:25:10.156-07:00<div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib6s5-79EV6hOYoofnrxNLqiovZK38-fwIror9qMmzr4pYdL1fz98Qh83qn2_YcbmiKeyE6MjYObd9-tcdSzj7e4wujjgeNcx8lHQ2o_yfhwMtvGDa6HkaGpY60HiSh5dm4iMxSGi1c7c/s1600/noite-com-lua-cheia-d0ea0.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib6s5-79EV6hOYoofnrxNLqiovZK38-fwIror9qMmzr4pYdL1fz98Qh83qn2_YcbmiKeyE6MjYObd9-tcdSzj7e4wujjgeNcx8lHQ2o_yfhwMtvGDa6HkaGpY60HiSh5dm4iMxSGi1c7c/s400/noite-com-lua-cheia-d0ea0.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKyuP1CIcfVbo5xBwz4JdOIDaIwyLzzCNOrwQPfEBUxaMzOxKT6OyPgkwlNkLLvKvd9K_1uLKFbx4ylQQPTaMF_lNPe1-E_rWAMJaQ5pkbhYdGPDHaPsVpY9zkiA7y7r8kTXKxYeTNBKU/s1600/mulher+ao+luar.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a>
<br />
<br />
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<br />
FESTIM<br />
<br />
Morre o Sol... a penumbra principía...<br />
Mas não há luto, a noite é um Festim!<br />
O vento canta, o mar se contagia,<br />
E as ondas dançam num bailar sem fim.<br />
<br />
Estrelas se iluminam de alegria.<br />
Se perfuma a Coirana no jardim!<br />
O céu de azul cobalto se atavia,<br />
As nuvens vestem trages de cetim.<br />
<br />
O monte, de beleza embriagado,<br />
Esconde o brando Sol que é transformado<br />
Na última luz; um pálido filete...<br />
<br />
A Lua a transbordar - bandeja prata,<br />
Sobre a mesa adornada; a verde mata,<br />
Serve o clarão à terra, em gran' Banquete!<br />
<br />
<br />
<br />
Claudia Dimer<br />
<br />Poesias de Claudia Dimerhttp://www.blogger.com/profile/15628785981675236332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2868793477793690037.post-14019079369284026442013-03-11T13:39:00.001-07:002013-03-11T14:32:03.536-07:00EstrelasEstrelas que falavam aos poetas<br />
Que eram capazes de entender e ouvi-las<br />
Palavras comoventes e completas<br />
Deixando todos pasmos a seguí-las<br />
<br />
Estrelas dos amantes, dos estetas,<br />
Nas noites pelos campos pelas vilas...<br />
Nas saudades em ânsias já repletas<br />
Luzindo o amor das almas a remí-las<br />
<br />
Falai ao homem que meu ser mais quer,<br />
Vós que deixais poetas comovidos,<br />
Estrelas não faleis a mim! Eu clamo!<br />
<br />
<br />
Se a noite contemplando ele estiver<br />
Venham todas! gritai aos seus ouvidos;<br />
Venham todas! Dizei o quanto eu o amo!Poesias de Claudia Dimerhttp://www.blogger.com/profile/15628785981675236332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2868793477793690037.post-22930935871455621482013-03-07T11:20:00.000-08:002013-03-07T13:26:00.462-08:00Casinha linda<br />
<br />
Casinha linda, envolta ao verde e às flores;<br />
Castelo dos meus sonhos infantis!<br />
A desenhava em meio a um céu de cores,<br />
Morando nela a infância foi feliz.<br />
<br />
Dela mudei-me. À tarde um sino, em dores<br />
Parece,soluçava na Matriz...<br />
Juntei os meus brinquedos (meus valores)<br />
Meu balancinho na árvore desfiz.<br />
<br />
Casinha linda! Ainda eu a desenho;<br />
Daquela tarde lembro e triste venho<br />
A rabiscá-la em tinta de nanquim...<br />
<br />
Desenho essa minh'alma que sorria<br />
Juntando uma bagagem de alegria<br />
Naquela tarde, a se mudar de mim...<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMkKF6ap3uPmoe4YAtTBiBvVsEItQsSrnmSyre-6YBdOFHCIyZdGX_Tgp88FEhlvn8Xsvqdh2DD3BZ_OTGtMXhS0W7OUg7uGURGQDm9VWpGKJWBO3DUrWnBi96d_DW1llEihBeSiHFZPU/s1600/casa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMkKF6ap3uPmoe4YAtTBiBvVsEItQsSrnmSyre-6YBdOFHCIyZdGX_Tgp88FEhlvn8Xsvqdh2DD3BZ_OTGtMXhS0W7OUg7uGURGQDm9VWpGKJWBO3DUrWnBi96d_DW1llEihBeSiHFZPU/s320/casa.jpg" width="320" /></a></div>
<br />Poesias de Claudia Dimerhttp://www.blogger.com/profile/15628785981675236332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2868793477793690037.post-34886193028231754332013-02-24T12:47:00.000-08:002013-03-11T13:48:02.667-07:00Lua na vidraça<br />
<br />
Claudia Dimer<br />
<br />
Eu sou a Lua branca na janela<br />
À noite, quando o sono em ti viceja...<br />
Dorme, amor! Que teu ser em sonho veja<br />
A Lua que teu sono brando vela!<br />
<br />
Eu sou a Lua triste! Sim, sou ela<br />
Que ao vidro da janela encosta e o beija<br />
Rezando p´ra que o dia não esteja<br />
Surgindo; que ele o meu brilhar cancela!<br />
<br />
Eu sou a Lua muda e entristecida,<br />
<div style="text-align: justify;">
A noite escura e fria é minha vida,<br />
Teu sono é a indiferença para mim...<br />
<div style="text-align: start;">
<br /></div>
<div style="text-align: start;">
Raiando o Sol luzente, a noite passa,</div>
<div style="text-align: start;">
Acorda, amor! Acorda! Olha a vidraça;</div>
<div style="text-align: start;">
Está vazia... é dia, é já meu fim!...</div>
<br />
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfSJvCRjiTRtC5vNAeLJLTRJkNPYmXd8HejHcYS5tDjckpkgvGk0BTBVhAyrhN3RBFxGLjZBGmeGzZbL_GqA_2EK5pfSUJODN90r-w5SbRX0RwZ9Uf7GnRS54cym9AqVnQtr53VDvdA4c/s1600/JANELA+DE+LUA.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfSJvCRjiTRtC5vNAeLJLTRJkNPYmXd8HejHcYS5tDjckpkgvGk0BTBVhAyrhN3RBFxGLjZBGmeGzZbL_GqA_2EK5pfSUJODN90r-w5SbRX0RwZ9Uf7GnRS54cym9AqVnQtr53VDvdA4c/s400/JANELA+DE+LUA.jpg" width="360" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Poesias de Claudia Dimerhttp://www.blogger.com/profile/15628785981675236332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2868793477793690037.post-82800846489399781582013-01-22T11:27:00.000-08:002013-01-22T11:27:23.598-08:00Minha Mestra<br />
<br />
Era a dona do mais sereno olhar;<br />
O seu riso uma musica, uma orquestra.<br />
No rostinho a ternura, a cor e um ar<br />
Que o infantil coração atrai, sequestra.<br />
<br />
Com alegria a ensinei brincar,<br />
Qual dono amável que um bichano adestra,<br />
Eu ensinei quem me ensinou a amar...<br />
Eu ensinei a minha própria Mestra!<br />
<br />
Segurei-a tão pouco nos meus braços,<br />
Pequeno tempo para grandes laços,<br />
Pequena paz, enorme desengano!...<br />
<br />
A tiraram de mim em triste tarde;<br />
De saudade minha alma ainda arde...<br />
Minha doce boneca feita em pano!<br />
<br />
Claudia Dimer<br />
<br />
<br />
<br />Poesias de Claudia Dimerhttp://www.blogger.com/profile/15628785981675236332noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2868793477793690037.post-74245806697074083812013-01-10T09:55:00.001-08:002013-01-10T10:00:14.690-08:00<br />
Sonho dos anjos<br />
<br />
<br />
Não sabem? essa vida é nada mais<br />
Que sonhos irreais, enternecidos,<br />
Dos anjos que dormiram, languescidos,<br />
Sonhando ter a vida dos mortais.<br />
<br />
<br />
E a mortes que nos causam tantos ais<br />
São sonhos, lá no céu, interrompidos,<br />
Dos anjos que acordaram com ruídos<br />
Nas portas das entradas celestiais.<br />
<br />
Ó anjos tão cruéis, por que acordais?<br />
Só para dar um fim a nós sofridos?<br />
<br />
Os vossos sonhos são por nós vividos,<br />
Quando terminam... ah! Nos dói demais!<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Claudia Dimer<br />
<br />Poesias de Claudia Dimerhttp://www.blogger.com/profile/15628785981675236332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2868793477793690037.post-65381751104666424652013-01-08T12:25:00.002-08:002013-01-08T13:20:36.249-08:00<br />
<br />
<br />
Que beijo!<br />
<br />
Que beijo! Que caricias! Ah! Que triste!<br />
Que triste o teu abraço ardente e terno!<br />
Um beijo que tornou verão o inverno...<br />
Parece que aos céus num véu subiste!<br />
<br />
<br />
Meu ser devoto a ti, leal - antiste<br />
No templo do meu sonho altivo, eterno<br />
Desceu ao interior de algum inferno...<br />
Que beijo! Que caricias! Ah! Que triste!<br />
<br />
<br />
Que olhar! Qual brilho intenso que o vestias?<br />
Qual nuvem que alcançaste que não vias<br />
Minha alma a languescer junto a tardinha?...<br />
<br />
<br />
Que beijo! Que caricias! Que tormentos!<br />
Teus lábios desejantes e sedentos<br />
Beijavam outra boca, não a minha!<br />
<br />
<br />
Claudia Dimer<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Poesias de Claudia Dimerhttp://www.blogger.com/profile/15628785981675236332noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2868793477793690037.post-57784602999400012272013-01-07T10:43:00.000-08:002013-01-07T11:54:16.475-08:00Choram tantos a cinza cor maçanteChoram tantos a cinza cor maçante<br />
Do fim. Na estrada mórbida, sombria!<br />
Perdidos na desgraça massacrante<br />
Choram tantos a treva eu choro o dia!<br />
<br />
Para muitos a morte amargurante<br />
É um poço de tormenta e de agonia,<br />
Não vêem entre o pranto vil, constante,<br />
Que é ela quem trará toda a alegria?!<br />
<br />
Choram tristes ,caídos pela terra,<br />
Que há de sorver a lágrima que escorre<br />
Nesse mundo de angustia, horror e guerra!...<br />
<br />
<br />
Segue a existência audaz e envaidecida;<br />
Menos lembrado o vivo, que quem morre...<br />
Choram tantos a morte, eu choro a vida!<br />
<br />
<br />
Claudia Dimer<br />
<br />
<br />Poesias de Claudia Dimerhttp://www.blogger.com/profile/15628785981675236332noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2868793477793690037.post-64308678009940446362013-01-02T18:59:00.000-08:002013-01-02T18:59:08.931-08:00Eu quis ver Deus em toda a sua essência;<br />
Em ânsia o procurei pelos lugares...<br />
Com ritos, orações e penitência<br />
Em Catedrais de esplêndidos altares!<br />
<br />
Quis ser Cristã de modos exemplares,<br />
Santifiquei-me em toda a consciência.<br />
Larguei os vícios fúteis e vulgares<br />
E quis a salvação por consequência.<br />
<br />
Um dia a caminhar,de alma ditosa,<br />
Surge um menino andando na calçada<br />
A esmolar... que cena tão penosa!...<br />
<br />
Maltrapilho, pés sujos, rosto triste,<br />
<br />
Pensei ouvir qual voz amargurada:<br />
Passei por ti , e ansiosa, não me viste!<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Eu quis ver Deus<br />
<br />
Claudia DimerPoesias de Claudia Dimerhttp://www.blogger.com/profile/15628785981675236332noreply@blogger.com0