O meu amor e o teu desprezo
É uma rocha a beira-mar
O meu amor silêncioso
E eu devo comparar
Teu desprezo ao mar furioso;
Fico imóvel... do olhar
Nenhuma lágrima verte.
Deixo o mar murmurinhar;
Mar inquieto... rocha inerte!
As ondas na rocha batem,
Peço ao amor que suporte
Mas não temo que lhe matem;
Mar revolto... rocha forte!
Quando no mar á tormenta,
Pro vento não peço ajuda,
Meu amor calado aguenta;
Rocha é pedra e pedra é muda!
Se eu te falar nem respondas,
Mostre uma raiva absurda,
Faça o barulho das ondas;
O mar brame... a rocha é surda!
Claudia Dimer
Nenhum comentário:
Postar um comentário