quinta-feira, 18 de junho de 2009

O meu amor e o teu desprezo


É uma rocha a beira-mar
O meu amor silêncioso
E eu devo comparar
Teu desprezo ao mar furioso;

Fico imóvel... do olhar
Nenhuma lágrima verte.
Deixo o mar murmurinhar;
Mar inquieto... rocha inerte!

As ondas na rocha batem,
Peço ao amor que suporte
Mas não temo que lhe matem;
Mar revolto... rocha forte!

Quando no mar á tormenta,
Pro vento não peço ajuda,
Meu amor calado aguenta;
Rocha é pedra e pedra é muda!

Se eu te falar nem respondas,
Mostre uma raiva absurda,
Faça o barulho das ondas;
O mar brame... a rocha é surda!



Claudia Dimer

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