terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Soneto de afirmação

Não quero nada, enfim... nada impossivel!
Só quero a leve brisa junto ao mar...
Alguma paz do céu, doce, tangível
Que só a tem quem sabe acreditar.

Não quero a conclusão das teorias,
Eu sou poeta e vivo de sonhar!
Só quero um mundo imerso em fantasias
Onde meus versos possam se espalhar...

Nada me prende, nada me fascina,
Nenhuma luz esplêndida ilumina
Mais do que o amor, afirmo convencida!

E dentre as coisas que escolhi da vida
Somente estas podem me alegrar:
"Amar, amar, amar, amar e amar".

Amor fraterno

Existe amor na fé e no perdão
E na pessoa que em sonhar insiste...
Na certeza da paz, na compreeensão,
Bem do teu lado, abriste os olhos? viste?

Existe amor no mundo e sobre a mão
Estendida. Se esmaga mas subsiste
No desacreditado coração...
Existe amor, existe amor, existe!

Eu vejo o amor na chuva que ao cair
Renova a natureza, vejo vir
O sol surgindo como o seu arauto!...

O amor fraterno nos eleva ao alto!
Mentiu ou para sí não deu valor
Quem disse que não mais existe amor.


Claudia Dimer

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O teu sorriso ( soneto a minha filha )

Tua existência, filha , é meu encanto,
Motivo de total felicidade!
És a luz dos meus dias, te amo tanto
Vida minha! real preciosidade!

Tens um rostinho amavel, tão sereno;
Arte esculpida pelo Artista Deus!
Fitá-lo assim alegra os olhos meus,
Não tem anjo de rosto mais ameno!

Os teus olhinhos pretos cativantes
Contém o brilho de astros cintilantes!...
Do teu sorriso de doçura vasta

Dizer que é belo numa vez não basta
Então minh'alma segue repetindo:
É lindo, lindo, lindo, lindo, lindo...


Claudia Dimer

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O MENINO DO FAROL

No farol sempre vi o tal menino
Como artista a fazer malabarismo...
A imagem do descaso e comodismo
Social. Não teve lar, estudo, ensino.

Mas ele tinha a força, a gana, o tino
De se enfrentar a fome, a dor, racismo...
Pois até hoje eu lembro, penso, cismo;
Mas que bravura tinha o pequenino!

E ele cresceu, cansou... virou bandido...
Ao longe se escutou um estampido;
Seu corpo lá jogado sob o sol!...

Sua morte, sobre as visões politicas
Não se viu nem entrou p'ras estatisticas...
Ninguém lembra o menino do farol.


Claudia Dimer

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

DOCE PLENITUDE

O ser humano torna-se experiente
Procurando aprender bem mais e mais...
No saber ele busca os ideais
Para viver feliz completamente.

Sobre a existência estuda, inquire, entende
E pensa assim chegar a plenitude...
As vezes sofre e então se desilude
Mas volta a sua luta, não se rende.

Mas não há alegria no argumento,
Nem na ciência, nem no pensamento,
No tanto que a busquemos, digo até

Que não a tem o sabio mais vivido,
A doce plenitude, apenas é
Nada saber, como um recém nascido!


Claudia Dimer

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

CONHECIMENTO

Conheço tudo; o bem, o mal, o altivo
E imenso mar ( por onde ele é visivel )
O espaço eterno dentro do possivel,
Esse meu mundo, a terra na qual vivo.

Conheço a intensidade do existir,
A guerra, a morte, a dor, as vejo em volta,
A paz, a flor, o amor que não me solta,
As lágrimas dos olhos, o sorrir...

Conheço a natureza e suas formas,
A força do universo e suas normas,
Tudo o que sei que existe ao meu redor...

Conheço meu caminho e sei de cor
Sobre a vida por fora e pelo avesso...
Só o meu coração eu desconheço!


Claudia Dimer