Os passos dos meus sonhos
Hoje eu tentei chorar, mas, não consigo...
Se já secou meu pranto eu choraria?
Levaste minha paz, o amor que ia
No teu Adeus, deixou a dor comigo.
Levaste meu querer e mais te digo:
Foi junto ao teu andar minha alegria.
Numa expressão poética diria
Que todo meu sonhar se foi contigo!
Se um dia em teus caminhos amorosos
Ouvires sons de um passos vagarosos
Indo após ti , nalgum triste gemido,
Não penses que estarás enlouquecido
E não te espantes, não!... irás ouvindo
Os passos dos meus sonhos te seguindo...
Claudia Dimer
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Olha meu rosto
Não geme a rocha às ondas açoitantes...
Não grita a rosa ao vento que a desfolha!
Olha meu rosto, amor, como quem olha
Um lírio mudo aos vendavais possantes.
O teu Adeus é lágrima que molha
Os olhos meus em mágoas sufocantes...
Te sigo perdoando em meus instantes
Até que em paz a morte me recolha!
Sofrer rancor minh'alma não merece.
Quero que brilhes como a luz do dia
Pois que já sou da vida a noite escura...
Elevo minha dor aos céus em prece;
Que Deus te dê em forma de alegria
O quanto que me destes de amargura!
Claudia Dimer
Não geme a rocha às ondas açoitantes...
Não grita a rosa ao vento que a desfolha!
Olha meu rosto, amor, como quem olha
Um lírio mudo aos vendavais possantes.
O teu Adeus é lágrima que molha
Os olhos meus em mágoas sufocantes...
Te sigo perdoando em meus instantes
Até que em paz a morte me recolha!
Sofrer rancor minh'alma não merece.
Quero que brilhes como a luz do dia
Pois que já sou da vida a noite escura...
Elevo minha dor aos céus em prece;
Que Deus te dê em forma de alegria
O quanto que me destes de amargura!
Claudia Dimer
sábado, 12 de novembro de 2011
Sem teu amor
Sem teu amor meus sonhos são distantes...
Não existem Glicínias a brotar,
Há noites sem estrelas, sem luar,
Ruas sem passos, mar sem navegantes!
Meus olhos são crianças mendicantes
Sozinhas pela vida, sem ter lar,
Anelam por visões acariciantes;
Teus beijos ternos, plenos de sonhar!
Os dias nunca voltam, passam, passam...
Teus braços que eu desejo não me abraçam,
Tristonho o Lisianto descolora...
Tem minha dor a imensidão dos mares
E é teu amor sumindo pelos ares
Leve gota de orvalho que evapora...
Claudia Dimer
Não existem Glicínias a brotar,
Há noites sem estrelas, sem luar,
Ruas sem passos, mar sem navegantes!
Meus olhos são crianças mendicantes
Sozinhas pela vida, sem ter lar,
Anelam por visões acariciantes;
Teus beijos ternos, plenos de sonhar!
Os dias nunca voltam, passam, passam...
Teus braços que eu desejo não me abraçam,
Tristonho o Lisianto descolora...
Tem minha dor a imensidão dos mares
E é teu amor sumindo pelos ares
Leve gota de orvalho que evapora...
Claudia Dimer
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Migalhas De Ternura
Quem pôs tanta beleza sobre as rosas
Pra serem belas, poucos, poucos dias?
Quem inventou milhares de alegrias
E as incontáveis chagas dolorosas?
Quem une a vida e a morte em nostalgias?
Quem fez os lindos olhos e penosas
As lágrimas que escorrem, grandiosas
As esperanças mortas de agonias?
Se é Deus quem tudo faz, quis me dotar
De ardentes lábios pra jamais beijar,
Querer o sol e ter a noite escura...
Foi Deus quem me deu gestos de rainha
Pra mendigar migalhas de ternura,
Amar, amar, amar e ser sozinha!
Claudia Dimer
Quem pôs tanta beleza sobre as rosas
Pra serem belas, poucos, poucos dias?
Quem inventou milhares de alegrias
E as incontáveis chagas dolorosas?
Quem une a vida e a morte em nostalgias?
Quem fez os lindos olhos e penosas
As lágrimas que escorrem, grandiosas
As esperanças mortas de agonias?
Se é Deus quem tudo faz, quis me dotar
De ardentes lábios pra jamais beijar,
Querer o sol e ter a noite escura...
Foi Deus quem me deu gestos de rainha
Pra mendigar migalhas de ternura,
Amar, amar, amar e ser sozinha!
Claudia Dimer
domingo, 23 de outubro de 2011
Ter tudo
Pudera eu ser suprema, sem igual!
Ó nuvem, ter o céu no qual desmaias!
Ter ares imponentes como as faias
Que não se curvam ante o vendaval.
Conter nas próprias mãos o bem, o mal,
O místico saber de antigos Maias,
A força das marés por sobre as praias,
Pudera como um deus ser imortal!
Ah! Meu amor! Ter tudo em meu viver!
E um anjo puro vir me conceder
Ter nome de mais sábia dentre os sábios....
Ter todas as riquezas deste mundo!
Mas trocaria tudo em um segundo
Por um ardente beijo dos teus lábios!
Claudia Dimer
sábado, 17 de setembro de 2011
Dialogo
O teu amor morreu? Pergunta o mar.
Pareço ouvir em seus murmurios risos...
E os ventos nuns gemidos indivisos
Parecem dessa morte debochar.
E segue a natureza a perguntar...
( Sinto os sonhos efêmeros, concisos )
Ergo os olhos... meus labios indecisos
Não sabem se terão resposta a dar.
Mas digo: O amor não morre, não... jamais!
Apenas dorme em sonhos esquecidos
E acorda como um campo todo em flor!...
Cala-te mar! Vós ventos, não gemais!
Contenham vossos sons, vossos ruídos...
Silêncio!! Eis a dormir o meu amor!
Claudia Dimer
O teu amor morreu? Pergunta o mar.
Pareço ouvir em seus murmurios risos...
E os ventos nuns gemidos indivisos
Parecem dessa morte debochar.
E segue a natureza a perguntar...
( Sinto os sonhos efêmeros, concisos )
Ergo os olhos... meus labios indecisos
Não sabem se terão resposta a dar.
Mas digo: O amor não morre, não... jamais!
Apenas dorme em sonhos esquecidos
E acorda como um campo todo em flor!...
Cala-te mar! Vós ventos, não gemais!
Contenham vossos sons, vossos ruídos...
Silêncio!! Eis a dormir o meu amor!
Claudia Dimer
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
É teu amor
É teu amor p'ra mim longínquo espaço!
Ideia de sofrer, mais resumida.
Mas me impulsiono inteira, desmedida,
A procurar lugar no teu abraço.
É teu amor a busca e meu cansaço
De procurar-te humilde e enaltecida,
De proteger-te, mas, desprotegida...
É teu amor meus sonhos que desfaço!
É teu amor oasis tão distante,
Rumo incerto dos passos vacilantes,
Profundidade insólita do mar...
Tentar chegar a tí é caminhar
Rumo ao sol no horizonte em belos dias;
Quanto mais me aproximo... distancias!
Claudia Dimer
É teu amor p'ra mim longínquo espaço!
Ideia de sofrer, mais resumida.
Mas me impulsiono inteira, desmedida,
A procurar lugar no teu abraço.
É teu amor a busca e meu cansaço
De procurar-te humilde e enaltecida,
De proteger-te, mas, desprotegida...
É teu amor meus sonhos que desfaço!
É teu amor oasis tão distante,
Rumo incerto dos passos vacilantes,
Profundidade insólita do mar...
Tentar chegar a tí é caminhar
Rumo ao sol no horizonte em belos dias;
Quanto mais me aproximo... distancias!
Claudia Dimer
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Te seguirei
Irei contigo, amor... irei agora...
Tu me serás abrigo e compania,
Eu te serei a brisa, a calmaria,
Teremos um ao outro mundo afora.
Iremos p'ra onde o amor eterno mora...
Moraremos ao lado da alegria!
De noite a luz da lua serviría
De této e quando dia, a luz da aurora.
Te seguirei, amor, por onde fores
e sob os nossos pés nascerão flores
Que enfeitarão de sonhos as estradas...
No calor do verão, um passarinho
Há de pousar p'ra descansar juntinho
Das nossas duas sombras abraçadas.
Claudia Dimer
Irei contigo, amor... irei agora...
Tu me serás abrigo e compania,
Eu te serei a brisa, a calmaria,
Teremos um ao outro mundo afora.
Iremos p'ra onde o amor eterno mora...
Moraremos ao lado da alegria!
De noite a luz da lua serviría
De této e quando dia, a luz da aurora.
Te seguirei, amor, por onde fores
e sob os nossos pés nascerão flores
Que enfeitarão de sonhos as estradas...
No calor do verão, um passarinho
Há de pousar p'ra descansar juntinho
Das nossas duas sombras abraçadas.
Claudia Dimer
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Três palavras
Amor, te escrevo agora este soneto.
Que ele te expresse o quanto que eu te quero!
Que traduza o que sinto e seja, espero;
Leve, perfeito, magico, completo.
Mas...ah! chegando aqui neste quarteto
Não achei o argumento pleno, austero
Que entranhasse em teu ser...procuro esmero...
Encontrarei palavras te prometo.
Porque de tanto amar e te querer
Não sei o que falar...o que escrever?
Me somem lindos versos se os procuro!
Me fogem belas frases se eu as chamo...
Mas do meu coração singelo e puro
Restaram três palavras; Eu... Te... Amo!
Claudia Dimer
Amor, te escrevo agora este soneto.
Que ele te expresse o quanto que eu te quero!
Que traduza o que sinto e seja, espero;
Leve, perfeito, magico, completo.
Mas...ah! chegando aqui neste quarteto
Não achei o argumento pleno, austero
Que entranhasse em teu ser...procuro esmero...
Encontrarei palavras te prometo.
Porque de tanto amar e te querer
Não sei o que falar...o que escrever?
Me somem lindos versos se os procuro!
Me fogem belas frases se eu as chamo...
Mas do meu coração singelo e puro
Restaram três palavras; Eu... Te... Amo!
Claudia Dimer
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Negação
Quanto mais me negares teu amor
Verás que mais te amo intensamente!
Quando o vento arremessa a fragil flor
Mais lhe ajuda a espalhar sua semente.
E notes que nem mesmo estás ciênte
Que eu ganho quando perco e que esta dor
Da tua indiferença vem me por
no coração o amor que me é presente.
E quando me rebaixas, mais me ergo,
Se a mim fechas os olhos, mais enxergo
Meu sentimento em grandes proporções...
É tua negação tão eficaz?
Se me negando o amor, o amor me pões,
No quanto mais me negas, mais me dás!
Claudia Dimer
Verás que mais te amo intensamente!
Quando o vento arremessa a fragil flor
Mais lhe ajuda a espalhar sua semente.
E notes que nem mesmo estás ciênte
Que eu ganho quando perco e que esta dor
Da tua indiferença vem me por
no coração o amor que me é presente.
E quando me rebaixas, mais me ergo,
Se a mim fechas os olhos, mais enxergo
Meu sentimento em grandes proporções...
É tua negação tão eficaz?
Se me negando o amor, o amor me pões,
No quanto mais me negas, mais me dás!
Claudia Dimer
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Minha ilusão
Minha ilusão é forte. Que ela cresça
Como um algo real, indestrutivel!
Não morre nem que a terra se estremeça
E o mar transborde além do proprio nivel.
Perder minha ilusão me é impossivel,
Por mais perdida que ela te pareça...
Se queres que eu a deixe, amor, esqueça!
Que se eu deixar a vida é mais plausivel.
E com essa ilusão fiz aliança,
Ela se abriga em torno da esperança
De que um dia me ames novamente...
Te cansas, meu amor, se simplesmente
Tirar minha ilusão é teu empenho,
Pois quanto mais me tiras, mais eu tenho!
Claudia Dimer
Minha ilusão é forte. Que ela cresça
Como um algo real, indestrutivel!
Não morre nem que a terra se estremeça
E o mar transborde além do proprio nivel.
Perder minha ilusão me é impossivel,
Por mais perdida que ela te pareça...
Se queres que eu a deixe, amor, esqueça!
Que se eu deixar a vida é mais plausivel.
E com essa ilusão fiz aliança,
Ela se abriga em torno da esperança
De que um dia me ames novamente...
Te cansas, meu amor, se simplesmente
Tirar minha ilusão é teu empenho,
Pois quanto mais me tiras, mais eu tenho!
Claudia Dimer
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Minha dor e a lua
Para alguém que está longe
Eu ando pela noite e não evito
Que as lágrimas escorram... e as antigas
Lembranças de um amor são as amigas
Que me acompanham sempre, qual num rito.
A voz da noite ecoa em tom aflito,
Trevas esmolam luz como mendigas...
Em pensamento exclamo ao infinito:
Ó ceu misterioso! Tu me intrigas!
E prosseguindo assim em passo errante
Não há nenhuma estrela que me encante
Porque não mais te encanta o meu amor...
Tento sorrir, meus lábios não conseguem...
E a lua é igualzinha a minha dor;
Se eu ando pela noite elas me seguem!
Claudia Dimer
Para alguém que está longe
Eu ando pela noite e não evito
Que as lágrimas escorram... e as antigas
Lembranças de um amor são as amigas
Que me acompanham sempre, qual num rito.
A voz da noite ecoa em tom aflito,
Trevas esmolam luz como mendigas...
Em pensamento exclamo ao infinito:
Ó ceu misterioso! Tu me intrigas!
E prosseguindo assim em passo errante
Não há nenhuma estrela que me encante
Porque não mais te encanta o meu amor...
Tento sorrir, meus lábios não conseguem...
E a lua é igualzinha a minha dor;
Se eu ando pela noite elas me seguem!
Claudia Dimer
quinta-feira, 28 de julho de 2011
PEROLA
Quero sorrir ao mundo e imensamente
Querer a luz que inunde meu saber
Lutar, vencer, sonhar, seguir em frente...
Enfrentar as agruras do viver.
Quero viver com fé, com alegria
Dar todo meu perdão ao ofensor,
Retribuindo o odio com amor,
Me esquecendo da magoa que sentia...
Buscar na natureza a compreensão
Que em tudo existe dor, mas, há razão
De lutar pela paz no sofrimento;
Notando a ostra, meu pensar me diz:
A areia lhe causou um ferimento
E a perola nasceu da cicatriz.
Claudia Dimer
Quero sorrir ao mundo e imensamente
Querer a luz que inunde meu saber
Lutar, vencer, sonhar, seguir em frente...
Enfrentar as agruras do viver.
Quero viver com fé, com alegria
Dar todo meu perdão ao ofensor,
Retribuindo o odio com amor,
Me esquecendo da magoa que sentia...
Buscar na natureza a compreensão
Que em tudo existe dor, mas, há razão
De lutar pela paz no sofrimento;
Notando a ostra, meu pensar me diz:
A areia lhe causou um ferimento
E a perola nasceu da cicatriz.
Claudia Dimer
quinta-feira, 16 de junho de 2011
BELEZA DE UM MOMENTO
Que momento sublime! A tarde desce;
Faz-se ouvir doce a fonte em seus murmúrios...
A primavera em cores aparece
Trajando a florescência dos Antúrios.
Ao vento os arrozais vão se ondulando,
O Melro entoa um canto harmonioso,
O sol por sobre as nuvens, radioso,
Parece um deus no leito repousando.
Ah! Se voltasses logo meu amado!
Desse momento terno e consagrado
Toda a beleza nos seria pouca!...
Teria o entardecer um céu mais lindo,
Seria esse momento o instante infindo
Se teus beijos tocassem minha boca!
Claudia Dimer
Que momento sublime! A tarde desce;
Faz-se ouvir doce a fonte em seus murmúrios...
A primavera em cores aparece
Trajando a florescência dos Antúrios.
Ao vento os arrozais vão se ondulando,
O Melro entoa um canto harmonioso,
O sol por sobre as nuvens, radioso,
Parece um deus no leito repousando.
Ah! Se voltasses logo meu amado!
Desse momento terno e consagrado
Toda a beleza nos seria pouca!...
Teria o entardecer um céu mais lindo,
Seria esse momento o instante infindo
Se teus beijos tocassem minha boca!
Claudia Dimer
quarta-feira, 11 de maio de 2011
SENTIMENTOS DE AMOR
Sentimentos de amor (estes que sinto
Por ti) me são eternos, verdadeiros...
Aguas de um rio de paz, fogo inextinto,
Visões livres de uns olhos prisioneiros.
Sentimentos de amor - neles resumo
Toda minha existência, minha vida...
Luzes que cegam, não me mostram rumo
Quando por tí me encontro já perdida!
Sentimentos de amor a transbordar
No ardente beijo em respirar arfante
Quando meus braços querem te abraçar...
Não os vês pois de mim estás distante...
São como os Astros sobre o céu, suspensos;
Parecem pequeninos sendo imensos!
Claudia Dimer
Sentimentos de amor (estes que sinto
Por ti) me são eternos, verdadeiros...
Aguas de um rio de paz, fogo inextinto,
Visões livres de uns olhos prisioneiros.
Sentimentos de amor - neles resumo
Toda minha existência, minha vida...
Luzes que cegam, não me mostram rumo
Quando por tí me encontro já perdida!
Sentimentos de amor a transbordar
No ardente beijo em respirar arfante
Quando meus braços querem te abraçar...
Não os vês pois de mim estás distante...
São como os Astros sobre o céu, suspensos;
Parecem pequeninos sendo imensos!
Claudia Dimer
domingo, 3 de abril de 2011
Soneto sem titulo
Coitada da criança que no ventre
Morreu bem antes de enxergar a luz
E dos seres humanos que aqui, entre
A guerra andam famintos, pobres, nus...
Coitados dos doentes e oprimidos
E daqueles que foram rejeitados
Que caem na desgraça e que caídos
Desistem de viver de tão cansados.
Coitados dos pedintes, dos velhinhos
Que esmolam pelas ruas, nos caminhos,
Aos quais todas as dores sobrevém...
E os maiores de todos os coitados
Estão bem no meu rosto, lacrimados;
Coitados dos meus olhos!... Não te vêem!
Claudia Dimer
Morreu bem antes de enxergar a luz
E dos seres humanos que aqui, entre
A guerra andam famintos, pobres, nus...
Coitados dos doentes e oprimidos
E daqueles que foram rejeitados
Que caem na desgraça e que caídos
Desistem de viver de tão cansados.
Coitados dos pedintes, dos velhinhos
Que esmolam pelas ruas, nos caminhos,
Aos quais todas as dores sobrevém...
E os maiores de todos os coitados
Estão bem no meu rosto, lacrimados;
Coitados dos meus olhos!... Não te vêem!
Claudia Dimer
Meus olhos
Meus olhos não brilharam mais, depois
Que o teu olhar sumiu na noite escura...
Meus olhos são dois mártires, são dois
Monges de pedra em claustros de amargura!
E os meus labios quais petalas de rosa
Esbranquiçam sem ter do amor o orvalho,
No meu ouvido ouço essa voz chorosa
Do meu caminho longo torto e falho!
Meus olhos; Dois errantes, dois ladrões
Roubando o que sobrou de umas visões
De glória, de alegria e de um sonhar...
Parecem dois mendigos... pobrezinhos!
Ah! meu amor! Te imploram nos caminhos:
- Dá-me um pouco da luz do teu olhar!
Claudia Dimer
Que o teu olhar sumiu na noite escura...
Meus olhos são dois mártires, são dois
Monges de pedra em claustros de amargura!
E os meus labios quais petalas de rosa
Esbranquiçam sem ter do amor o orvalho,
No meu ouvido ouço essa voz chorosa
Do meu caminho longo torto e falho!
Meus olhos; Dois errantes, dois ladrões
Roubando o que sobrou de umas visões
De glória, de alegria e de um sonhar...
Parecem dois mendigos... pobrezinhos!
Ah! meu amor! Te imploram nos caminhos:
- Dá-me um pouco da luz do teu olhar!
Claudia Dimer
domingo, 20 de março de 2011
MORTE TEMPORÁRIA
O sol se deita em leito de tristeza,
A noite desce envolta em negro pano...
Se a claridade mostra uma certeza,
Na escuridão mais vejo o meu engano!
Sob a penumbra as casas são silêntes,
A rua é temerosa e solitária
Com meus olhos cansados e dormentes
No sono busco a morte temporária.
Apague a luz!... Ó noite, apague os astros!
Quero dormir e em sonhos ver ao mar
Brancos navios a vela e altos mastros,
P'ra além da realidade navegar...
Igual criança ingênua que se deita,
Dormir... sonhar que a vida é tão perfeita!
Claudia Dimer
A noite desce envolta em negro pano...
Se a claridade mostra uma certeza,
Na escuridão mais vejo o meu engano!
Sob a penumbra as casas são silêntes,
A rua é temerosa e solitária
Com meus olhos cansados e dormentes
No sono busco a morte temporária.
Apague a luz!... Ó noite, apague os astros!
Quero dormir e em sonhos ver ao mar
Brancos navios a vela e altos mastros,
P'ra além da realidade navegar...
Igual criança ingênua que se deita,
Dormir... sonhar que a vida é tão perfeita!
Claudia Dimer
segunda-feira, 14 de março de 2011
Depois...
Ao dia da Poesia
Depois da tempestade vem a brisa,
Depois da noite escura o lindo dia,
Depois da agitação o mar desliza
Sobre um silêncio envolto de magia!
Depois da solidão a compania
Que meu coração busca e prioriza.
Depois que corta a dor a alma incisa
Retorna o alivio; Paz que o amor recria!
Depois do pranto vem todo o sorriso,
Depois do inferno vem o paraiso,
Depois do mal ressurgem bens diversos...
E se fenece, a flor renascerá,
Depois da minha morte surgirá
A minha vida escrita nestes versos!
Claudia Dimer
Depois da tempestade vem a brisa,
Depois da noite escura o lindo dia,
Depois da agitação o mar desliza
Sobre um silêncio envolto de magia!
Depois da solidão a compania
Que meu coração busca e prioriza.
Depois que corta a dor a alma incisa
Retorna o alivio; Paz que o amor recria!
Depois do pranto vem todo o sorriso,
Depois do inferno vem o paraiso,
Depois do mal ressurgem bens diversos...
E se fenece, a flor renascerá,
Depois da minha morte surgirá
A minha vida escrita nestes versos!
Claudia Dimer
quinta-feira, 10 de março de 2011
Duas vozes
Eu tenho duas vozes que discutem;
A voz da boca, a outra interior
E os sons das duas vibram, repercutem,
Uma a exclamar: Razão! A outra: Amor!
Ó tu, luz a descer aos dias meus!
Só queres confundir meu pensamento?
Pois se a primeira voz te diz Adeus
A outra diz: Te amo!... Que tormento!
E as duas vozes seguem murmurando,
Se uma se cala a outra está falando,
Me deixam louca, até me desespero!...
A voz da boca diz: Como eu te odeio!
Mas a interior me grita em devaneio:
Amor, Amor, Amor, como eu te quero!
Claudia Dimer
A voz da boca, a outra interior
E os sons das duas vibram, repercutem,
Uma a exclamar: Razão! A outra: Amor!
Ó tu, luz a descer aos dias meus!
Só queres confundir meu pensamento?
Pois se a primeira voz te diz Adeus
A outra diz: Te amo!... Que tormento!
E as duas vozes seguem murmurando,
Se uma se cala a outra está falando,
Me deixam louca, até me desespero!...
A voz da boca diz: Como eu te odeio!
Mas a interior me grita em devaneio:
Amor, Amor, Amor, como eu te quero!
Claudia Dimer
domingo, 6 de fevereiro de 2011
AMOR DUVIDOSO
Me queres ou me odeias? Vivo a beira
De uma incerta certeza! Estou ciênte;
Teu amor é mentira verdadeira,
Verdade dita mentirosamente.
Me buscas? Me deixas? Qual poeira
O teu amor ao vento se extermina!...
Me faz sentir feliz, completa, inteira,
Me lanças numa dor que desatina...
Teu amor não me enxerga, não me nota.
Do teu peito ou do orgulho, de onde brota?
Nessa duvida intensa vou vivendo...
Do teu amor, confesso; pouco entendo!
Sei que igual caudaloso rio corre...
Só não sei onde nasce ou onde morre!
Claudia Dimer
De uma incerta certeza! Estou ciênte;
Teu amor é mentira verdadeira,
Verdade dita mentirosamente.
Me buscas? Me deixas? Qual poeira
O teu amor ao vento se extermina!...
Me faz sentir feliz, completa, inteira,
Me lanças numa dor que desatina...
Teu amor não me enxerga, não me nota.
Do teu peito ou do orgulho, de onde brota?
Nessa duvida intensa vou vivendo...
Do teu amor, confesso; pouco entendo!
Sei que igual caudaloso rio corre...
Só não sei onde nasce ou onde morre!
Claudia Dimer
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Soneto da grande luta
São eles! um exército chegando!
São de paz e de fé as suas lanças...
Milhares de meus sonhos vem marchando,
Trazem as marcas das desesperanças.
Meu coração exausto vem na frente;
Traz erguida a bandeira da paciência!
Saíram abatidos da crescente
Escuridão da minha adolescência.
São eles! corajosos regressaram
Meus sonhos... e com eles retornaram
Meus risos ( todos salvos por um triz )
Meus olhos de mil lágrimas molhados...
Vieram vitoriosos mas cansados
Da grande luta por viver feliz.
Claudia Dimer
São eles! um exército chegando!
São de paz e de fé as suas lanças...
Milhares de meus sonhos vem marchando,
Trazem as marcas das desesperanças.
Meu coração exausto vem na frente;
Traz erguida a bandeira da paciência!
Saíram abatidos da crescente
Escuridão da minha adolescência.
São eles! corajosos regressaram
Meus sonhos... e com eles retornaram
Meus risos ( todos salvos por um triz )
Meus olhos de mil lágrimas molhados...
Vieram vitoriosos mas cansados
Da grande luta por viver feliz.
Claudia Dimer
Assinar:
Postagens (Atom)