Eu tenho duas vozes que discutem;
A voz da boca, a outra interior
E os sons das duas vibram, repercutem,
Uma a exclamar: Razão! A outra: Amor!
Ó tu, luz a descer aos dias meus!
Só queres confundir meu pensamento?
Pois se a primeira voz te diz Adeus
A outra diz: Te amo!... Que tormento!
E as duas vozes seguem murmurando,
Se uma se cala a outra está falando,
Me deixam louca, até me desespero!...
A voz da boca diz: Como eu te odeio!
Mas a interior me grita em devaneio:
Amor, Amor, Amor, como eu te quero!
Claudia Dimer
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