Coitada da criança que no ventre
Morreu bem antes de enxergar a luz
E dos seres humanos que aqui, entre
A guerra andam famintos, pobres, nus...
Coitados dos doentes e oprimidos
E daqueles que foram rejeitados
Que caem na desgraça e que caídos
Desistem de viver de tão cansados.
Coitados dos pedintes, dos velhinhos
Que esmolam pelas ruas, nos caminhos,
Aos quais todas as dores sobrevém...
E os maiores de todos os coitados
Estão bem no meu rosto, lacrimados;
Coitados dos meus olhos!... Não te vêem!
Claudia Dimer
domingo, 3 de abril de 2011
Meus olhos
Meus olhos não brilharam mais, depois
Que o teu olhar sumiu na noite escura...
Meus olhos são dois mártires, são dois
Monges de pedra em claustros de amargura!
E os meus labios quais petalas de rosa
Esbranquiçam sem ter do amor o orvalho,
No meu ouvido ouço essa voz chorosa
Do meu caminho longo torto e falho!
Meus olhos; Dois errantes, dois ladrões
Roubando o que sobrou de umas visões
De glória, de alegria e de um sonhar...
Parecem dois mendigos... pobrezinhos!
Ah! meu amor! Te imploram nos caminhos:
- Dá-me um pouco da luz do teu olhar!
Claudia Dimer
Que o teu olhar sumiu na noite escura...
Meus olhos são dois mártires, são dois
Monges de pedra em claustros de amargura!
E os meus labios quais petalas de rosa
Esbranquiçam sem ter do amor o orvalho,
No meu ouvido ouço essa voz chorosa
Do meu caminho longo torto e falho!
Meus olhos; Dois errantes, dois ladrões
Roubando o que sobrou de umas visões
De glória, de alegria e de um sonhar...
Parecem dois mendigos... pobrezinhos!
Ah! meu amor! Te imploram nos caminhos:
- Dá-me um pouco da luz do teu olhar!
Claudia Dimer
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