Coitada da criança que no ventre
Morreu bem antes de enxergar a luz
E dos seres humanos que aqui, entre
A guerra andam famintos, pobres, nus...
Coitados dos doentes e oprimidos
E daqueles que foram rejeitados
Que caem na desgraça e que caídos
Desistem de viver de tão cansados.
Coitados dos pedintes, dos velhinhos
Que esmolam pelas ruas, nos caminhos,
Aos quais todas as dores sobrevém...
E os maiores de todos os coitados
Estão bem no meu rosto, lacrimados;
Coitados dos meus olhos!... Não te vêem!
Claudia Dimer
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