Acácia, Malmequer, Lírio, Narciso,
Crisântemo, Lilás, Cravo, Açafrão,
Forsítia, Margarida, Tinhorão,
Miozótis, Ipê, Dalia, Cornizo...
Begônia, Orquidea, Cacto, Zínea, Rosa,
Gerânio, Amor perfeito, Flox, Junquilho,
Camélia, Mil em Rama, Linho, Filho,
Bromélia, Flor de abril, Hera, Mimosa...
Lirio-amarelo, Flor de cerejeira,
Flor de maracujá, Fucsia, Jasmim,
Lirio do vale, Flor de laranjeira...
Se os amantes as dão aos seus amores,
Ai, como odeio todas essas flores...
Nenhuma delas destes para mim!
quinta-feira, 27 de maio de 2010
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Tal qual a natureza
Para me conhecer... olhai os montes;
E nota-lhes, silênte, a paz contida...
Perceba-me sublime e languescida
No aroma d'agua límpida entre as fontes.
Estou na cor dos rubros horizontes,
Nos vales de ternura sou nascida.
Nuven de sonho; ando ao céu da vida
Usando os Arco-íris como pontes.
Meus olhos tem o encanto e a paz dos lagos,
Minh'alma é solitário passarinho
Que alegra com seu canto em triste inverno,
Meu ser é flor que enfeita os campos vagos...
Meu coração pequeno riozinho
Que desemboca em mar de amor eterno!
Claudia Dimer
E nota-lhes, silênte, a paz contida...
Perceba-me sublime e languescida
No aroma d'agua límpida entre as fontes.
Estou na cor dos rubros horizontes,
Nos vales de ternura sou nascida.
Nuven de sonho; ando ao céu da vida
Usando os Arco-íris como pontes.
Meus olhos tem o encanto e a paz dos lagos,
Minh'alma é solitário passarinho
Que alegra com seu canto em triste inverno,
Meu ser é flor que enfeita os campos vagos...
Meu coração pequeno riozinho
Que desemboca em mar de amor eterno!
Claudia Dimer
terça-feira, 11 de maio de 2010
NOITE CHUVOSA
Vaga a noite chuvosa; triste e lenta
A vislumbrar a luz em relampejos...
Parece louca e morta de desejos
De aumentar o vazio que atormenta.
Dela todo o ser vivo então se ausenta,
são gelidos e rudes os seus beijos,
traz uma fina chuva que em voejos
lacrimeja na rua nevoenta.
Noite chuvosa, passa!... vai direto
Pra algum lugar de sombras, não sei onde...
És tu que rouba estrelas? onde estão?
Tu és tão triste e fria em teu trajeto
Que até a lua se te vê se esconde
P'ra se abrigar nos braços da amplidão!
A vislumbrar a luz em relampejos...
Parece louca e morta de desejos
De aumentar o vazio que atormenta.
Dela todo o ser vivo então se ausenta,
são gelidos e rudes os seus beijos,
traz uma fina chuva que em voejos
lacrimeja na rua nevoenta.
Noite chuvosa, passa!... vai direto
Pra algum lugar de sombras, não sei onde...
És tu que rouba estrelas? onde estão?
Tu és tão triste e fria em teu trajeto
Que até a lua se te vê se esconde
P'ra se abrigar nos braços da amplidão!
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Claudia
A CRIANÇA FEBRIL
Havia uma adorável menininha,
Única filha; meiga e tão graciosa!
Em certa noite a febre então lhe vinha...
Cuidava dela a mãe doce e amorosa.
No torpor da febre alta a criancinha
Num descuido da mãe tão carinhosa,
Sai da cama e pra rua vai sozinha...
E atravessa uma estrada perigosa!
E a mãe veio à correr desesperada;
Vê sua filha a salvo na calçada
Que já sem febre e alegre proferiu:
- O Anjinho luminoso e prateado
Que estava o tempo todo do meu lado,
Me retirou da estrada e então sumiu!
Claudia Dimer
Única filha; meiga e tão graciosa!
Em certa noite a febre então lhe vinha...
Cuidava dela a mãe doce e amorosa.
No torpor da febre alta a criancinha
Num descuido da mãe tão carinhosa,
Sai da cama e pra rua vai sozinha...
E atravessa uma estrada perigosa!
E a mãe veio à correr desesperada;
Vê sua filha a salvo na calçada
Que já sem febre e alegre proferiu:
- O Anjinho luminoso e prateado
Que estava o tempo todo do meu lado,
Me retirou da estrada e então sumiu!
Claudia Dimer
TITANIC
Era o maior navio que existiria...
De suntuosa beleza e majestade!
Que até alguém ousou dizer (verdade...?)
Que nem o próprio Deus o afundaria!
No seu interior riqueza tal havia
Que navegá-lo era a maior vontade...
Aos passageiros só felicidade!
Com as três classes o navio seguia.
O seu horror nem foram tantas mortes,
Sua historia num mal maior implica,
Outra tragédia que o seu fim encobre...
O triste fato de tirarem sortes;
De se salvar à tanta gente rica,
De morrer quase toda a gente pobre!
Claudia Dimer
De suntuosa beleza e majestade!
Que até alguém ousou dizer (verdade...?)
Que nem o próprio Deus o afundaria!
No seu interior riqueza tal havia
Que navegá-lo era a maior vontade...
Aos passageiros só felicidade!
Com as três classes o navio seguia.
O seu horror nem foram tantas mortes,
Sua historia num mal maior implica,
Outra tragédia que o seu fim encobre...
O triste fato de tirarem sortes;
De se salvar à tanta gente rica,
De morrer quase toda a gente pobre!
Claudia Dimer
Claudia
A cura da alma (titulo provisório)
Eu já nem vivo, eu sei, estou ciente;
A minha vida é sombra que perdura!
Eu já morrí pro amor, morrí tão pura
Tal qual a bela flor... e o que ele sente?
Te procurei! bem sei; me eras ausente...
Eu aprendí no fim dessa procura
Que ao encontrar o amor se encontra a cura
Da alma que a solidão torna doente.
Mas se este amor curou-me a alma, então
sobre o amor bem mais fui aprendendo...
Quem é que entende tudo de paixão?
Pois ao encontrar o amor, mas, o perdendo,
A gente aprende nessa dor ingrata
Que o mesmo amor que cura também mata!
Claudia Dimer
A minha vida é sombra que perdura!
Eu já morrí pro amor, morrí tão pura
Tal qual a bela flor... e o que ele sente?
Te procurei! bem sei; me eras ausente...
Eu aprendí no fim dessa procura
Que ao encontrar o amor se encontra a cura
Da alma que a solidão torna doente.
Mas se este amor curou-me a alma, então
sobre o amor bem mais fui aprendendo...
Quem é que entende tudo de paixão?
Pois ao encontrar o amor, mas, o perdendo,
A gente aprende nessa dor ingrata
Que o mesmo amor que cura também mata!
Claudia Dimer
O LUGAR
Nunca esqueço o lugar onde viví
Minha infância querida e adorada...
Entre belas paisagens eu crescí
Escutando o cantar da passarada.
Das fontes e vertentes eu bebí...
Eu tinha uma alegria tão sonhada!
Passou o tempo e agora percebí
Que esse lugar pra mim não mudou nada.
Ainda pelo ar se sente o cheiro
De uma bela manhã primaveril
E até hoje floresce o limoeiro...
Tudo está lá; a pedra, a rua, o rio,
Ainda existe até aquele angazeiro...
Só a minha alegria é que sumiu!
Claudia Dimer
Nunca esqueço o lugar onde viví
Minha infância querida e adorada...
Entre belas paisagens eu crescí
Escutando o cantar da passarada.
Das fontes e vertentes eu bebí...
Eu tinha uma alegria tão sonhada!
Passou o tempo e agora percebí
Que esse lugar pra mim não mudou nada.
Ainda pelo ar se sente o cheiro
De uma bela manhã primaveril
E até hoje floresce o limoeiro...
Tudo está lá; a pedra, a rua, o rio,
Ainda existe até aquele angazeiro...
Só a minha alegria é que sumiu!
Claudia Dimer
Pérola gigante
Tomba o dia... o sol rútilo esmorece
Na derradeira luz enlanguescida...
De uma essência de aurora diluida
Faz-se um vapor de sombras... anoitece!
A noite é como sábia monja em prece
Com sua mão de bençãos estendida,
Vigilante da terra adormecida,
Guardiã do silêncio que eternece.
E as estrelas parecem lá nos céus
Cristais de diamante em negros véus
Ninfas da noite num silênte rito...
E a lua nívea em brilho cintilante
Me parece uma pérola gigante
Bem guardada na concha do infinito!
Claudia Dimer
Tomba o dia... o sol rútilo esmorece
Na derradeira luz enlanguescida...
De uma essência de aurora diluida
Faz-se um vapor de sombras... anoitece!
A noite é como sábia monja em prece
Com sua mão de bençãos estendida,
Vigilante da terra adormecida,
Guardiã do silêncio que eternece.
E as estrelas parecem lá nos céus
Cristais de diamante em negros véus
Ninfas da noite num silênte rito...
E a lua nívea em brilho cintilante
Me parece uma pérola gigante
Bem guardada na concha do infinito!
Claudia Dimer
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