segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Te seguirei

Irei contigo, amor... irei agora...
Tu me serás abrigo e compania,
Eu te serei a brisa, a calmaria,
Teremos um ao outro mundo afora.

Iremos p'ra onde o amor eterno mora...
Moraremos ao lado da alegria!
De noite a luz da lua serviría
De této e quando dia, a luz da aurora.

Te seguirei, amor, por onde fores
e sob os nossos pés nascerão flores
Que enfeitarão de sonhos as estradas...

No calor do verão, um passarinho
Há de pousar p'ra descansar juntinho
Das nossas duas sombras abraçadas.



Claudia Dimer

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Três palavras

Amor, te escrevo agora este soneto.
Que ele te expresse o quanto que eu te quero!
Que traduza o que sinto e seja, espero;
Leve, perfeito, magico, completo.

Mas...ah! chegando aqui neste quarteto
Não achei o argumento pleno, austero
Que entranhasse em teu ser...procuro esmero...
Encontrarei palavras te prometo.

Porque de tanto amar e te querer
Não sei o que falar...o que escrever?
Me somem lindos versos se os procuro!

Me fogem belas frases se eu as chamo...
Mas do meu coração singelo e puro
Restaram três palavras; Eu... Te... Amo!


Claudia Dimer






























quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Negação

Quanto mais me negares teu amor
Verás que mais te amo intensamente!
Quando o vento arremessa a fragil flor
Mais lhe ajuda a espalhar sua semente.

E notes que nem mesmo estás ciênte
Que eu ganho quando perco e que esta dor
Da tua indiferença vem me por
no coração o amor que me é presente.

E quando me rebaixas, mais me ergo,
Se a mim fechas os olhos, mais enxergo
Meu sentimento em grandes proporções...

É tua negação tão eficaz?
Se me negando o amor, o amor me pões,
No quanto mais me negas, mais me dás!




Claudia Dimer



segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Minha ilusão

Minha ilusão é forte. Que ela cresça
Como um algo real, indestrutivel!
Não morre nem que a terra se estremeça
E o mar transborde além do proprio nivel.

Perder minha ilusão me é impossivel,
Por mais perdida que ela te pareça...
Se queres que eu a deixe, amor, esqueça!
Que se eu deixar a vida é mais plausivel.

E com essa ilusão fiz aliança,
Ela se abriga em torno da esperança
De que um dia me ames novamente...

Te cansas, meu amor, se simplesmente
Tirar minha ilusão é teu empenho,
Pois quanto mais me tiras, mais eu tenho!


Claudia Dimer






sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Minha dor e a lua

Para alguém que está longe


Eu ando pela noite e não evito
Que as lágrimas escorram... e as antigas
Lembranças de um amor são as amigas
Que me acompanham sempre, qual num rito.

A voz da noite ecoa em tom aflito,
Trevas esmolam luz como mendigas...
Em pensamento exclamo ao infinito:
Ó ceu misterioso! Tu me intrigas!

E prosseguindo assim em passo errante
Não há nenhuma estrela que me encante
Porque não mais te encanta o meu amor...

Tento sorrir, meus lábios não conseguem...
E a lua é igualzinha a minha dor;
Se eu ando pela noite elas me seguem!


Claudia Dimer