quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Quem és tu?

Quem és tu? Eu pergunto entre meus prantos.
Me diz!...  fantasma, augúrio da tristeza!
Por que me habitas? Quem te deu certeza
Que eu te seria um lar em meio a tantos?

Quem és tu? De onde vens? Por que me agitas
E não me deixas nem por um segundo...?
Trazes lembranças vastas, infinitas
De ums sonhos já perdidos pelo mundo.

Quem és tu? Raiva? Odio?...  nada escuto...
És magoa? Solidão?... "Silêncio bruto"
Por que tu me escolheste? Por que eu?!

Então diz uma voz do coração:
Eu sou aquela estranha sensação
De que um antigo amor jamais morreu!



Claudia Dimer

sábado, 16 de outubro de 2010

POR SOBRE ABISMOS

Quem assistiu minha fatal derrota
Quase não crê quando me vê sorrir
E quem me vê sorrir até nem nota
Que de uma angustia demorei sair.

Qual Flor de Lotus que da lama brota
Tornei-me forte!... sinto a luz fluir...
Nada me impede, sigo minha rota;
A de alcançar o meu real porvir!

Já me encontrei entre um sofrer infando,
Ao ver meu último sonhar fugindo,
Quase avistando meu final, foi quando

Por sobre abismos eu me vi surgindo
E das lembranças que vivi chorando
Surgiram versos que escrevi sorrindo!


Claudia Dimer