Páscoa
Lembro a Páscoa nos dias de criança;
Cheia de amor carinho e inocência,
Sinônimo de toda a esperança,
Ressurreição, renovo e consciência.
Na véspera, à noite, em sonolência
Ia dormir na espera e numa ânsia
Que o dia amanhecesse. Que lembrança!
Que imagem agradável da existência!
Tão humilde o meu Pai mas a sorrir
Comprava o chocolate que podia.
Dizia: É o coelhinho!... a se fingir...
Que mentirinha doce! Que alegria!
Papai não era o único a mentir...
Também de acreditar eu me fingia!
sexta-feira, 29 de março de 2013
segunda-feira, 25 de março de 2013
FESTIM
Morre o Sol... a penumbra principía...
Mas não há luto, a noite é um Festim!
O vento canta, o mar se contagia,
E as ondas dançam num bailar sem fim.
Estrelas se iluminam de alegria.
Se perfuma a Coirana no jardim!
O céu de azul cobalto se atavia,
As nuvens vestem trages de cetim.
O monte, de beleza embriagado,
Esconde o brando Sol que é transformado
Na última luz; um pálido filete...
A Lua a transbordar - bandeja prata,
Sobre a mesa adornada; a verde mata,
Serve o clarão à terra, em gran' Banquete!
Claudia Dimer
segunda-feira, 11 de março de 2013
Estrelas
Estrelas que falavam aos poetas
Que eram capazes de entender e ouvi-las
Palavras comoventes e completas
Deixando todos pasmos a seguí-las
Estrelas dos amantes, dos estetas,
Nas noites pelos campos pelas vilas...
Nas saudades em ânsias já repletas
Luzindo o amor das almas a remí-las
Falai ao homem que meu ser mais quer,
Vós que deixais poetas comovidos,
Estrelas não faleis a mim! Eu clamo!
Se a noite contemplando ele estiver
Venham todas! gritai aos seus ouvidos;
Venham todas! Dizei o quanto eu o amo!
Que eram capazes de entender e ouvi-las
Palavras comoventes e completas
Deixando todos pasmos a seguí-las
Estrelas dos amantes, dos estetas,
Nas noites pelos campos pelas vilas...
Nas saudades em ânsias já repletas
Luzindo o amor das almas a remí-las
Falai ao homem que meu ser mais quer,
Vós que deixais poetas comovidos,
Estrelas não faleis a mim! Eu clamo!
Se a noite contemplando ele estiver
Venham todas! gritai aos seus ouvidos;
Venham todas! Dizei o quanto eu o amo!
quinta-feira, 7 de março de 2013
Casinha linda
Casinha linda, envolta ao verde e às flores;
Castelo dos meus sonhos infantis!
A desenhava em meio a um céu de cores,
Morando nela a infância foi feliz.
Dela mudei-me. À tarde um sino, em dores
Parece,soluçava na Matriz...
Juntei os meus brinquedos (meus valores)
Meu balancinho na árvore desfiz.
Casinha linda! Ainda eu a desenho;
Daquela tarde lembro e triste venho
A rabiscá-la em tinta de nanquim...
Desenho essa minh'alma que sorria
Juntando uma bagagem de alegria
Naquela tarde, a se mudar de mim...
Casinha linda, envolta ao verde e às flores;
Castelo dos meus sonhos infantis!
A desenhava em meio a um céu de cores,
Morando nela a infância foi feliz.
Dela mudei-me. À tarde um sino, em dores
Parece,soluçava na Matriz...
Juntei os meus brinquedos (meus valores)
Meu balancinho na árvore desfiz.
Casinha linda! Ainda eu a desenho;
Daquela tarde lembro e triste venho
A rabiscá-la em tinta de nanquim...
Desenho essa minh'alma que sorria
Juntando uma bagagem de alegria
Naquela tarde, a se mudar de mim...
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