(Dedicado aos meus três filhos)
Sei que tudo tem voz e tudo entoa
Na natureza um canto de alegria;
Pelo espraiado o som do mar ecoa,
Geme a cigarra e um lindo tom se cria!
Ouço a falar a voz da ventania
Que ao meu ouvido, ao escutar, é boa.
Tanta palavra o rio pronuncía
Se ao oceano suas aguas doa!
Pergunto: O céu nos fala? Me respondo:
Gritam trovões nos céus em grande estrondo,
Apenas Deus... Apenas Deus se cala!
Mas, com saber, que alguém jamais alcança,
Deus inventou os olhos da criança
E é no olhar das crianças que ele fala!
Claudia Dimer
quarta-feira, 21 de março de 2012
domingo, 18 de março de 2012
Pranto da Natureza
A mágoa vi fluir da natureza...
Tens mágoa, natureza? Tens? me conte!
É a cascata o prantear de um monte?
É um chorar, a água da represa?
O rio é o pranto de uma fonte
Que desce ao oceano em correnteza...
Pleno de anseio, cheio de tristeza
O nevoeiro é o pranto do horizonte!
O orvalho é a madrugada a lagrimar,
A seiva o choro d'Álamos cortados,
Do olhar da terra estila um pranto... o mar...
E os anjos que em um céu de risos moram
Por não serem de lágrimas dotados
É nas gotas da chuva que eles choram...
Claudia Dimer
Tens mágoa, natureza? Tens? me conte!
É a cascata o prantear de um monte?
É um chorar, a água da represa?
O rio é o pranto de uma fonte
Que desce ao oceano em correnteza...
Pleno de anseio, cheio de tristeza
O nevoeiro é o pranto do horizonte!
O orvalho é a madrugada a lagrimar,
A seiva o choro d'Álamos cortados,
Do olhar da terra estila um pranto... o mar...
E os anjos que em um céu de risos moram
Por não serem de lágrimas dotados
É nas gotas da chuva que eles choram...
Claudia Dimer
quinta-feira, 8 de março de 2012
Nunca mais
Do porto ele partiu, na tarde morna,
As ondas se arremessam contra o cais...
Pergunto ao mar revolto: O amor retorna?
Eu penso responder-me; Nunca mais!
O sol, de um ouro opaco, a tarde adorna...
Ao vento eu interrogo: Aonde vais?
Buscar o meu amor? Ele contorna
O céu, como exclamando; Nunca mais!
Pelos caminhos sigo a lamentar,
E o meu amor? Será que vai voltar?
Vou indagando até os pedregais...
Ouço um clamor ao ar, alguém chorando,
Parece a natureza pronunciando;
Nunca mais, nunca mais e nunca mais!
Claudia Dimer
Do porto ele partiu, na tarde morna,
As ondas se arremessam contra o cais...
Pergunto ao mar revolto: O amor retorna?
Eu penso responder-me; Nunca mais!
O sol, de um ouro opaco, a tarde adorna...
Ao vento eu interrogo: Aonde vais?
Buscar o meu amor? Ele contorna
O céu, como exclamando; Nunca mais!
Pelos caminhos sigo a lamentar,
E o meu amor? Será que vai voltar?
Vou indagando até os pedregais...
Ouço um clamor ao ar, alguém chorando,
Parece a natureza pronunciando;
Nunca mais, nunca mais e nunca mais!
Claudia Dimer
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