terça-feira, 11 de maio de 2010

NOITE CHUVOSA

Vaga a noite chuvosa;  triste e lenta
A vislumbrar a luz em relampejos...
Parece louca e morta de desejos
De aumentar o vazio que  atormenta.

 Dela todo o ser vivo então se ausenta,
 são gelidos e rudes os seus beijos,
 traz uma  fina chuva que em voejos
 lacrimeja na rua nevoenta.

Noite chuvosa, passa!... vai direto
Pra algum lugar de sombras, não sei onde...
És tu que rouba estrelas? onde estão?

Tu és tão triste e fria em teu trajeto
Que até a lua se te vê se esconde
P'ra  se abrigar nos braços da amplidão!

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