Dialogo
O teu amor morreu? Pergunta o mar.
Pareço ouvir em seus murmurios risos...
E os ventos nuns gemidos indivisos
Parecem dessa morte debochar.
E segue a natureza a perguntar...
( Sinto os sonhos efêmeros, concisos )
Ergo os olhos... meus labios indecisos
Não sabem se terão resposta a dar.
Mas digo: O amor não morre, não... jamais!
Apenas dorme em sonhos esquecidos
E acorda como um campo todo em flor!...
Cala-te mar! Vós ventos, não gemais!
Contenham vossos sons, vossos ruídos...
Silêncio!! Eis a dormir o meu amor!
Claudia Dimer
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