LONGA INVERNADA
Que lembre a luz do sol por sobre as eiras...
São poucos os passantes junto as beiras
Das ruas sob a fria madrugada.
Sinto queimar a pele na geada
Que danifica os brotos das roseiras...
Se curvam nas tormentas as palmeiras,
Será talvez a mais longa invernada.
Lá fora o vento ruge como fera
E a chuva leva o lodo entre os barrancos...
Mas sei que chegará a primavera!
E eu vou descer sorrindo aos vales belos
Pousando as minhas mãos quais cisnes brancos
Num lago feito em lírios amarelos.
Claudia Dimer
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