quinta-feira, 8 de julho de 2010

LONGA INVERNADA

O outono já se foi, não sobrou nada
Que lembre a luz do sol por sobre as eiras...
São poucos os passantes junto as beiras
Das ruas sob a fria madrugada.

Sinto queimar a pele na geada
Que danifica os brotos das roseiras...
Se curvam nas tormentas as palmeiras,
Será talvez a mais longa invernada.

Lá fora o vento ruge como fera
E a chuva leva o lodo entre os barrancos...
Mas sei que chegará a primavera!

E eu vou descer sorrindo aos vales belos
Pousando as minhas mãos quais cisnes brancos
Num lago feito em lírios amarelos.



Claudia Dimer

Nenhum comentário:

Postar um comentário