quinta-feira, 8 de março de 2012

Nunca mais

Do porto ele partiu, na tarde morna,
As ondas se arremessam contra o cais...
Pergunto ao mar revolto: O amor retorna?
Eu penso responder-me; Nunca mais!

O sol, de um ouro opaco, a tarde adorna...
Ao vento eu interrogo: Aonde vais?
Buscar o meu amor? Ele contorna
O céu, como exclamando; Nunca mais!

Pelos caminhos sigo a lamentar,
E o meu amor? Será que vai voltar?
Vou indagando até os pedregais...

Ouço um clamor ao ar, alguém chorando,
Parece a natureza pronunciando;
Nunca mais, nunca mais e nunca mais!

Claudia Dimer



2 comentários:

  1. Oi Claudia

    esses teus sonetos sempre mechem comigo, são intensos, doces, às vezes revoltos...
    mas esse, esse aqui... é um primor, lembrei o A. Poe... perdão pela comparação.
    é um prazer sempre quando venho aqui!

    grande abraço e saúde!!

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