Nuvem feita em rosa
Meu coração qual taça de ouro e prata
A transbordar, da mocidade cheio,
Tem sonhos fervilhantes e desata
Como um vulcão que a lava dorme ao seio
Meu coração de torrencial cascata
Na viva fonte ao colo, em brando enleio,
Ora em deserto árduo, ora na mata
Prossegue ao mar, isento de receio
Enche-te ó taça de ouro, de existência!
Corre cascata rubra, em afluência,
Leve teu sangue ao ser quais doces vinhos!
Não creia na ilusão que de grandiosa
Te faz dormir em nuvem feita em rosa
Para acordar sangrando em chão de espinhos
Claudia Dimer
Nenhum comentário:
Postar um comentário