Geme a terra afligida em suas chagas;
Soluça o mar na morte de seus peixes,
Tomba a vida como um trigal aos feixes,
Para ferir o verde as mãos são pagas!
Ó Natureza, o mundo, em pranto alagas!
Não há ouvido algum ao qual te queixes...
Das gentes os descasos, os desleixes,
Te sangra o níveo ventre, são adagas!
Os rios quase mortos poluídos;
Valorosos soldados decididos,
Que diante da batalha não se abatem...
Se as matas, voz tivessem, gritariam,
E as árvores, clementes, pediriam:
Humanos; temos vida, não nos matem!
A MORTE DA NATUREZA
Claudia Dimer
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