Minha Mestra
Era a dona do mais sereno olhar;
O seu riso uma musica, uma orquestra.
No rostinho a ternura, a cor e um ar
Que o infantil coração atrai, sequestra.
Com alegria a ensinei brincar,
Qual dono amável que um bichano adestra,
Eu ensinei quem me ensinou a amar...
Eu ensinei a minha própria Mestra!
Segurei-a tão pouco nos meus braços,
Pequeno tempo para grandes laços,
Pequena paz, enorme desengano!...
A tiraram de mim em triste tarde;
De saudade minha alma ainda arde...
Minha doce boneca feita em pano!
Claudia Dimer
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