quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

QUEM EU SOU

Eu sou no mundo a própria desventura...
Do amor; a rejeitada. Sou aquela
Que hoje é nem tão jovem, nem tão bela,
Penumbra do viver, sou noite escura.

Sou fim de uma esperança e em tortura
Os meus olhos se cansam na janela
Olhando a longa estrada desta cela
Que é minha existência sem ternura.

E ainda mais elevas meu tormento
Com teu despreso amargo e assim tão vil...
Afirmas que nem lembra mais quem sou;

Se te esqueceu... Prazer! eu me apresento:
Sou a mulher mais cega que existiu;
Eu sou aquela tola que te amou!




Claudia Dimer

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