Eu sou no mundo a própria desventura...
Do amor; a rejeitada. Sou aquela
Que hoje é nem tão jovem, nem tão bela,
Penumbra do viver, sou noite escura.
Sou fim de uma esperança e em tortura
Os meus olhos se cansam na janela
Olhando a longa estrada desta cela
Que é minha existência sem ternura.
E ainda mais elevas meu tormento
Com teu despreso amargo e assim tão vil...
Afirmas que nem lembra mais quem sou;
Se te esqueceu... Prazer! eu me apresento:
Sou a mulher mais cega que existiu;
Eu sou aquela tola que te amou!
Claudia Dimer
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